Pérolas aos porcos, porta estreita, fazer bem aos outros
Evangelho Mateus (Mt 7, 6.12-14)
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: [6]"Não deis aos cães as coisas
santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as
pisem com os pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. [12]Tudo
quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto
consiste a lei e os profetas. [13]Entrai pela porta estreita, porque
larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são
os que entram por ele! [14]Como é estreita a porta e apertado o caminho
que leva à vida! E são poucos os que o encontram!" Palavra da Salvação!
A CAUTELA PASTORAL
Soa enigmática a orientação de Jesus aos discípulos: não dar aos cães as coisas sagradas, nem jogar pérolas aos porcos. A que estaria se referindo? As palavras do Mestre exortam a cautela no trabalho pastoral. Era uma forma de precaver os missionários contra a ingenuidade de partilhar a mensagem do Reino com gente despreparada para recebê-la, ou pior ainda, avessa ao Reino e a seus mensageiros. Seria um trabalho inútil, com o risco de provocar uma reação violenta. Esta norma pastoral de Jesus pressupõe um mínimo de boa vontade e de abertura por parte de quem é evangelizado. É inútil querer levar alguém a converter-se ao Reino, contra a sua vontade. Será pura perda de tempo! A Palavra só produz frutos no coração de quem a recebe com liberdade e alegria. Seria fazer mau uso dessa Palavra querer forçar alguém a acolhê-la. Jesus entrevê até mesmo um risco para a vida do apóstolo, ao dizer que os porcos poderiam voltar-se contra ele e despedaçá-lo. Não valeria a pena correr tal risco! A experiência missionária de Jesus ofereceu-lhe as bases para chegar a esta conclusão. Ao longo de seu ministério, ele se deparou com pessoas absolutamente refratárias à sua mensagem, numa evidente atitude hostil. Por isso, não nutria a ilusão de poder convertê-las. As coisas santas e as pérolas teriam destinatários melhores.
Resumindo:
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