Islamismo e o livre arbítrio - Parte 13



Dr Salim Almahdy
Não há dúvida de que Deus criou o homem e lhe deu a liberdade de escolher e praticar a sua religião, estilo de vida, etc. Mas, este privilégio de escolha é quase inexistente no islamismo em muitos aspectos.

Livre Arbítrio para Escolher a Própria Religião
Os muçulmanos não têm o direito de escolher a religião que vêem como divina e deixar a religião que não vêem. Os muçulmanos crêem que “a religião diante de Alá é o islamismo” (Sura 3:19). Isto não é problema, porque cristãos e judeus acreditam da mesma maneira sobre as suas religiões. Mas a diferença entre as três religiões é que os judeus crêem que o judaísmo é deles e eles não gostam e não admitem que o mundo inteiro se torne judeu.
Os cristãos crêem que Jesus é o único caminho para o céu. Eles querem ver o mundo inteiro aceitando a Jesus como seu Salvador pessoal. Eles sabem que este é o nascimento espiritual, que tem de ser operado pelo próprio Espírito de Deus, não por obrigação, ou por força, ou pela espada.
Os muçulmanos crêem que o islamismo precisa ser a religião de todos, e que Alá os ordenou a forçar a todo mundo a aceitar o islamismo. 
Eu sei que alguém poderá me lembrar a Sura 2:256 : “Ninguém é obrigado à religião.” Posso acrescentar a quem possa interessar que há não somente a Sura acima mencionada, mas 114 versículos no Alcorão que falam da tolerância no islamismo primitivo. Mas, segundo Ibn Hazm al-Andalusi, o bem famoso comentarista muçulmano e autor do livro Al Nasiekh wa Al Mansoukh (traduzido como O Revogador e o Revogado), os 114 versículos que falam de tolerância foram todos revogados, anulados, por um único versículo: “Matem os Idólatras onde você os encontrar”(Sura 9:5).
Em sua coleção de Hadith, Bukhari, o mais famoso comentarista do islamismo, sob o capítulo “A Declaração de Alá”, escreveu:
 “Narrado por Ibn Umar: o apóstolo de Alá disse: recebi o comando de lutar com as pessoas até que elas digam que ninguém tem o direito de ser cultuado, a não ser Alá e Maomé é seu mensageiro, e que se dediquem à oração e paguem o Zakat [esmola obrigatória]. Se assim fizerem, seu sangue e suas propriedades estão protegidas de mim” (Al Bukhari, Vol. I, p.13, Hadith N° 24). 
Até os estudiosos muçulmanos do século 20 ainda acreditam em forçar não muçulmanos a abraçarem o islamismo. No artigo de abertura de Ahmad Hassan Az-Zyat, na revista Al-Azhar (da mais famosa e mais antiga universidade islâmica baseada no Cairo), de agosto de 1959, o escritor escreveu: “A guerra santa (jihad) é uma virtude árabe e uma obrigação divina; o muçulmano deve sempre ter em mente que a sua religião é o Alcorão e a espada… o muçulmano portanto é um guerreiro para sempre.
E se um muçulmano resolver usar o seu direito divino de aceitar outra religião diferente do islamismo? 
Os muçulmanos lhe dão 30 dias para mudar de idéia. Se ele não deixar a outra religião e se recusar a voltar ao islamismo, qualquer um tem o direito legal de matá-lo.
Está muito claro nas guerras (as guerras dos apóstatas) que Abu Baker (o primeiro Califa depois de Maomé) empreendeu contra as tribos que abandonaram o islamismo depois da morte do seu profeta para obrigá-las a voltar ao islamismo, que o versículo que afirmava “não haver obrigação na religião” havia sido definitivamente revogado.
Segundo o Imã Al-Shafi’i (um dos quatro fundadores das escolas de jurisprudência do islamismo) em seu livro The Ordinances of Koran [As Ordenanças do Alcorão] (Parte 1, p.289), disse: “Se alguém se tornar muçulmano e depois apostatar, poderá ser chamado a se arrepender; se não se arrepender, deverá ser morto.”
E se um cristão ou um judeu se recusar a se converter ao islamismo nos países onde os muçulmanos são maioria e têm poder de agir contra ele? 
O Imã Al-Shafi’i mencionou no mesmo livro (Parte 2, p.50), “O apóstolo de Deus matou e prendeu muitos do povo do Livro [cristãos e judeus] até que alguns deles se converteram ao islamismo e impôs o imposto per capita sobre os demais.”

O Livre Arbítrio da Mulher
No islamismo, uma moça não pode se casar com o homem que ela ama, se o pai não concordar com o casamento. O pai, de acordo com o Hadith, tem o direito de obrigar a filha a casar com alguém mesmo que ela não o ame. As mulheres não têm o direito de se divorciar dos seus maridos, mesmo que ele seja infiel ou abusivo. Mas, ele tem o direito ao divórcio se ela ficar doente, não puder ter filhos, ou mesmo que simplesmente queira se divorciar. Tudo o que marido precisa fazer é dizer três vezes que vai se divorciar dela que o divórcio está feito entre eles. Ele não pode se casar com ela de novo, até que outro homem se case com ela por pelo menos uma noite. E ele precisa ter intercurso sexual com ela antes de poder se divorciar dela, daí ela pode voltar ao seu primeiro marido.
As mulheres não têm direito de reclamar se o marido delas se casar com mais três mulheres além delas, já que Alá deu aos homens a permissão de fazer assim. Na Arábia Saudita as mulheres não podem dirigir carros, somente os homens podem. (Leia a série “As Mulheres no Islamismo” em edições anteriores de A Voz dos Mártires.)
Até a próxima, e vamos continuar orando para que os muçulmanos venham a conhecer a liberdade em Cristo Jesus.

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